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Portfólio 2017.01

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sexta-feira, 15 de abril de 2016

15 de abril - Dia Mundial do Desenhista

A data para homenagear os profissionais do desenho foi escolhida por ser o aniversário do maior de todos os artistas renascentistas, para não dizer um dos maiores artista de toda a humanidade, Leonardo di Ser Piero da Vinci (meu xará!)

Leonardo da Vinci, o grande nome das artes e ciências, além de pintor, esculto, anatomista, arquiteto, engenheiro, musico, poeta e inventor ele também desenhava - alias, suas invenções, estudos , pinturas e anotações eram recheadas de gravuras, o mestre desenhava muito!





Presto minha homenagem a um dos artistas contemporâneos que mais admiro, Hayao Miyazaki, o grande mestre do desenho e da animação (quando eu crescer quero ser como você, sensei!)

Mestre Haiyao Miyazaki, um dos mais importantes nomes do cinema de animação. Seus trabalhos além de primorosos e belos possuem forte conexão, crítica e reflexão, sobre a humanidade, a sociedade e o meio ambiente. Mestre em cada traço e ideia!

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Mula Sem Cabeça

De pequeno me interessei pelo sobrenatural, o popular malassombro, e causou-me estranheza quando, ainda garoto, vi os desenhos representando a mula sem cabeça como vemos hoje, literalmente sem cabeça. Aprendi, pela oralidade popular no interior de minha infância, Palmerina - PE (minha Pasárgada) que a criatura era uma mulher amaldiçoada por conta de sua relação pecaminosa com um padre, que em noites de lua cheia (achava que era só o lobisomem) galopava enlouquecida, com os cascos soltando faíscas, os olhos em brasa e das ventas soprando fogo ... nunca pensei nela sem possuir a cabeça.


Minha experiência e vivência na História me levou a juntar algumas peças que possa explicar a perda da cabeça na criatura lendária. Pela ideia mais antiga referi-se aos olhos e narinas, acredito que o termo "sem-cabeça" se refira a ausência de lucidez e suas ações agressivas. Com o passar do tempo a lenda foi perdendo espaço, ficando em segundo plano, e apenas o nome da criatura permanecendo na memória popular, assim, o "sem-cabeça" tornou-se literal e cortaram fora a cabeça, deixando o fogo saindo do pescoço.

Desenho pego da internet só para referenciar o contraste.


Na minha opinião, não é uma questão de certo ou errado, uma lenda é viva, ela nasce e se desenvolve no imaginário popular, não é algo fixo, preso ou concretado.



Trabalhei na ilustração usando a foto deste cavalo, a cima, como base do desenho, tirei a silhueta básica e a estrutura anatômica e fui trabalhando na pintura, focando muito na textura e nos volumes ...


 ... Por fim trabalhei nos efeitos da luz e no olho, meu objetivo era deixá-lo mais insano e assustador possível.


Dai fechei com a neblina, deixar ainda mais sinistro.


Foi uma ótima experiência, trabalhei a pintura digital, consegui ser bem sucedido em reproduzir a textura e os volumes anatômicos do cavalo, e ainda mais em trabalhar os efeitos de luz e neblina. Estou satisfeito com o resultado.